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Em 28 de Janeiro de 2020 às 12:27
Julgamento do caso KMC é marcado para 10 de março

O juiz Moacir Ribeiro da Silva Júnior, marcou para o dia 10 de março, o julgamento da ação civil que apura o escândalo da KMC locadora, que tem como réus no processo o prefeito de Santa Cruz do Capibaribe Edson Vieira (PSDB), sócios da empresa e servidores e ex-servidores municipais.

Relembre o caso - O famoso caso se tornou público em 2013, quando o prefeito Edson Vieira foi denunciado por vereadores oposicionistas, por ter firmado contrato, com dispensa de licitação, com uma empresa de locação de veículos que seria supostamente fantasma.

O MPPE solicitou o bloqueio de bens do prefeito Edson Vieira e pessoas que também são réus no processo, e enquadrou o caso como um ato de improbidade administrativa. Até o momento o prefeito não conseguiu o desbloqueio dos bens, tendo sido derrotado nas tentativas que realizou.

Munidos de documentos sobre o processo, os vereadores Carlinhos da Cohab, Ernesto Maia e Deomedes brito, acusam as locadoras de não possuir sede no local indicado no contrato e não ter o número suficiente de carros para prestar o serviço, além de outras acusações.

Segundo eles, as duas empresas teriam em comum os mesmos sócios: Carlos Alexandre Malta e Hilgiene Almeida Malta. Os empresários foram assessores do gabinete do deputado estadual Diogo Moraes (PSB), na época aliado do prefeito Edson Vieira.

De acordo com documentos apresentados pelos opositores, a KMC Locadora teria sua sede em Itapetim, no Sertão, e a Malta Locadora, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Os legisladores visitaram o local onde estaria a KMC e dizem que na rua onde estaria a empresa não existe nenhuma locadora. Uma propriedade rural seria a sua localização real. Os legisladores alegam que a situação da Malta seria semelhante e a empresa não estaria situada no local indicado no contrato.

Após o prefeito Edson Viera ter decretado estado de emergência no município, a empresa KMC Locadora foi contratada por meio de dispensa de licitação para prestar o serviço de locação de automóveis para a gestão municipal, transporte escolar e apoio à Secretaria de Saúde. O contrato seria de R$ 420 mil ao mês e disponibilizaria pelo menos 60 carros para a gestão. Contudo, os vereadores apresentaram um ofício do Departamento Estadual de Trânsito (Dentran-PE), segundo o qual, a empresa possuiria apenas um veículo próprio.

Em 12 de setembro de 2016, em uma operação da Polícia Federal denominada de “Veiculação”, teria resultado na prisão do proprietário da empresa, Carlos Alexandre Fernandes Malta.

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