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Em 08 de Outubro de 2020 às 15:55
Teresa Leitão cobra criação de comissão setorial para negociar retomada responsável das aulas presenciais em Pernambuco

Atenta ao momento delicado que vivem os trabalhadores em educação, especialmente os da rede estadual, a deputada Teresa Leitão (PT) voltou a pedir, na reunião plenária da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), realizada na manhã desta quinta-feira (8), a criação de uma Comissão Setorial para negociar o retorno das aulas. 

Teresa apresentou em sua fala que, com um dia de retorno parcial, a Escola Estadual Severino Gouveia de Lima, em Itaquitinga, uma professora e uma funcionária foram contaminadas. Em Timbaúba, na Escola Técnica Miguel Arraes de Alencar, duas professoras testaram positivo. "É necessário parcimônia, calma, atenção e capacidade de diálogo por parte da Secretaria de Educação. Se a gente quiser fazer o retorno, como ele foi planejado, que está bem planejado, os cuidados precisam ser mais efetivos. É preciso um trabalho maior de conscientização, de cuidado, atenção por parte da Secretaria”, pontuou.

Na plenária que aconteceu na quinta-feira passada (1º), Teresa declarou solidariedade ao movimento de greve da categoria e fez um apelo para que a situação fosse resolvida em negociação com a Secretaria Estadual de Educação. Entretanto, o impasse segue na Justiça (até o início da tarde desta quinta-feira, 8), com vitória dos trabalhadores e sem o retorno das aulas presenciais. 

“Enquanto o secretário discutia com a representação do Sintepe (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco) se comprometendo a levar o pleito de constituição de uma comissão setorial para ser avaliado pelo governo, o mesmo governo do qual o secretário faz parte, botava uma ação na Justiça para suspender a greve que já estava decretada”, lembrou Teresa. O Sintepe respondeu a ação do governo com outra pedindo a suspensão das atividades presenciais e houve tréplica do Estado.

"Todo mundo sabe da importância desse retorno das aulas presenciais. O secretário fez uma carta apelativa romantizando o direito à educação – ai que bom se esse direito fosse plenamente observado! Querendo jogar no colo dos professores a responsabilidade por não haver aulas presenciais. Esses mesmos professores que estão se desdobrando para assegurar, a grande maioria com recursos próprios, as aulas remotas”, disse. 

Reforçando seu apelo ao governo do Estado e à Secretaria de Educação, Teresa também prestou solidariedade irrestrita aos trabalhadores em educação. 

“A mesa de negociação deveria ser o espaço para que esse impasse fosse resolvido. O Sintepe está ganhando na Justiça. O Governo vai entrar com outra ação, ficar nesse ping pong e a gente não resolve criar uma comissão setorial? Já poderíamos estar discutindo, inclusive, organização curricular, como vai ficar o ano letivo 2020/2021, mas fica nessa quebra de braço", protestou.

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