Em coletiva realizada na manhã desta quinta-feira (25), o Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE) revelou que Pernambuco gastou, em 2023, R$ 1,8 bilhão em obras públicas que estão paralisadas ou com indícios de paralisação. O valor já pago corresponde a 31% do total dos contratos, que é de R$ 5,9 bilhões, e 9% de tudo o que foi empenhado em contratações públicas no ano passado (R$ 19,3 bilhões). 

São 1.504 contratos sem conclusão em Pernambuco, sendo que 462 foram declarados paralisados pelos próprios gestores públicos, e 1.042 apresentaram sinais de paralisação ou abandono, ou seja, tiveram desembolsos irrisórios, que representam menos de 15% do valor total do contrato, em 2022. 

Do total de obras paralisadas, 1.185 são municipais e 319 de responsabilidade do Governo do Estado. As áreas mais afetadas são mobilidade urbana (23,4% do total dos contratos); serviços de abastecimento de água (11,1%) e barragens (8,6%). 

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Entre as obras estaduais inconclusivas com maior volume de recursos aportados estão as dos corredores Norte-Sul, onde já foram gastos R$ 161,8 milhões (o contrato é de R$ 186,6 milhões) - os corredores Leste-Oeste, onde já foram gastos R$ 136,3 milhões (contrato é de R$ 168,7 milhões). Estas obras deveriam ser entregues em maio de 2013 - são 11 anos de atraso. 

Municípios 

Entre os municípios pernambucanos, Recife lidera tanto em valores contratados, cerca de R$ 726,7 milhões, quanto em valores já pagos: o montante chega a R$ 216,5 milhões. 

Segundo o TCE, a implantação de corredores exclusivos de ônibus na capital é a obra, com indícios de paralisação, mais cara, custando R$ 39,1 milhões. Desse total, R$ 19,9 milhões já foram pagos pela prefeitura do Recife.