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Em 19 de Março de 2020 às 08:56
Ex-ministro da Industria e Comercio Exterior destaca que é preciso fazer todos entenderem os impactos econômicos do Coronavírus.

O ex-senador, Armando Monteiro Neto afirmou hoje que é preciso fazer com que as pessoas entendam o real impacto que o coronavírus está causando no mundo e no Brasil. Ele comentou o pacote para combater os impactos causados pela pandemia de covid-19 no nosso país.

“Veja o que é que o mundo está fazendo, Estados unidos, e os principais países da europa estão injetando o equivalente a quase 2 trilhões de dólares nas suas economias, então nesse momento, o Brasil não pode imaginar que vai sair dessa crise com medidas tradicionais de contenção na área fiscal, tem que gastar, nesta hora o estado tem que gastar, é claro que tem ter pontaria, tem que focalizar esses gastos”, comentou, Monteiro Neto que é ex-ministro da Industria e Comercio Exterior.

Todos os analistas já apontam que será uma crise de enorme impacto na economia, pois do lado da oferta haverá a desarticulação da produção em algumas cadeias produtivas, e do lado da demanda, com as pessoas deixando de circular não vão consumir, o que deve levar a estagnação do setor de serviços.

“Em uma hora destas, contingenciar gastos seria ir na contramão, portanto é preciso que se decrete estado de calamidade pública, que se aprove créditos extraordinários para gastar mais na saúde e para fazer programas de renda mínima para população nessa hora sobretudo para sustentar a renda dos setores informais, e naqueles setores que estão realmente neste momento mais atingidos pela crise.”

MICROEMPREENDEDORES - Armando Monteiro Neto ainda ressaltou a preocupação com os micro e pequenos empresários, sobretudo os da área de serviço, que estão neste momento, praticamente, vendo o seu faturamento ir ao chão. “Sem faturamento, portanto o governo tem que combinar várias medidas, suspensão de pagamentos de tributos, uma linha de crédito muito mais ampla do que essa que foi divulgada, porque 5 bilhões de reais não é nada, considerando a dimensão desse setor da micro e pequena empresa no brasil, portanto precisa ampliar essa linha de crédito de maneira significativa”.

O ex-senador também mostrou preocupação com os pais que estão com seus filhos sem aula e com dificuldades de sair pra trabalhar. “Garantir uma renda mínima para as pessoas, porque a economia nada mais é, nada mais deve ser do que olhar as pessoas, as pessoas é que consomem, as pessoas é que decidem os investimentos, portanto tem que se olhar a elas”, concluiu.

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