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Em 02 de Fevereiro de 2021 às 16:24
Capilé da Palestina entre conflitos, constrangimentos e supostas influências externas

A presidência do vereador Capilé da Palestina (PSD) na Câmara de Santa Cruz do Capibaribe já tem sofrido suas primeiras crises. O sentimento nos bastidores políticos é de que existe uma interferência externa de terceiros que tem ditado os rumos da administração do Poder Legislativo Municipal. 

Conflitos - Segundo a avaliação daqueles que vivem o dia a dia da Casa José Vieira de Araújo, até mesmo indicações de servidores na administração da Câmara e simples determinações administrativas tem sofrido a influência de "uma mão oculta", que estaria mandando e desmandando com a total consciência e anuência do presidente Capilé.

Neste ambiente, conflitos internos já têm sido gerados entre Capilé e as demais bancadas presentes na Câmara, com atritos em relação a interpretações do Regimento Interno e supostas atitudes autoritárias oriundas do presidente. Já de forma externa, Capilé tem colhido conflitos até mesmo com a imprensa da cidade, ao determinar a proibição da presença de jornalistas nas primeiras reuniões ordinárias de 2021.

De acordo com o presidente, sua decisão em barrar a presença do público em geral e da imprensa nas reuniões ordinárias está ancorada no Decreto Estadual n° 50.077 que suspende eventos corporativos, institucionais e sociais com presença de público até o dia 23 de fevereiro. Entretanto, as razões apresentadas pelo presidente não convenceram a classe jornalística, que o tem pressionado a muda de opinião. 

Constrangimento - Diante da iminente necessidade de que o velório do ex-prefeito Raimundo Aragão (Aragãozinho) fosse realizado na Câmara, informações surgiram de que em um primeiro momento o presidente Capilé teria recusado a disponibilidade do prédio, também sob a justificativa do Decreto n° 50.077. Diante da rápida repercussão negativa, Capilé afirmou nas redes sociais que teria tido um “desencontro de informações” e que o velório seria realizado na Câmara Municipal.

Protestos – Há quem aposte que tais decisões tomadas pelo presidente são frutos de forças de fora da Câmara, mas precisamente, de figuras da cúpula do grupo “carneirinho”. O fato é que a repercussão negativa desses primeiros atos, já tem gerado o protesto público de alguns parlamentares. Os vereadores Augusto Maia (PSB), Jéssyca Cavalcanti (PSDB) e até o mesmo o vice-presidente da Mesa Diretora, Carlinhos da Cohab (PP) foram a público lamentar as posturas tomadas pelo presidente da Casa. 

Sinal de alerta - Diante disso, cabe a Capilé da Palestina ligar o sinal de alerta e avaliar se realmente vale a pena dar tanto espaço para que figuras do seu grupo político hajam com tanta ingerência em sua administração na Câmara de Vereadores. Apenas um mês se passou, entretanto, se Capilé não tomar as rédeas da situação, os primeiros dias poderão determinar o futuro de toda a sua passagem pela presidência da Casa José Vieira de Araújo.

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