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Em 20 de Novembro de 2020 às 11:50
Em live, Coronel Feitosa fala sobre os bastidores da sua campanha

O Coronel Feitosa (PSC) realizou uma live em seu Instagram para falar sobre os bastidores da sua campanha a prefeito do Recife. O deputado estadual agradeceu a participação dos seus apoiadores, que participaram de forma voluntária; aos partidos que compuseram a chapa, DC e Patriota; falou sobre sua decisão de se colocar como alternativa de mudança para os recifenses, seu alinhamento com as pautas do Governo Federal e como, com coragem, tomou a decisão de não desistir do pleito, mesmo com o apoio do presidente Jair Bolsonaro à candidatura da Delegada Patrícia.

Feitosa falou sobre sua filiação ao partido Solidariedade, após a sua saída do PR, e esclareceu que ao entrar no partido, havia combinado com o deputado federal Augusto Coutinho que um dos dois seria candidato da legenda à Prefeitura do Recife. “Em novembro de 2019, procurei Augusto Coutinho e ele me informou que nem eu e nem ele seríamos mais candidatos, que sua intenção era apoiar o candidato indicado pelo prefeito Geraldo Júlio. Disse a ele que esse caminho eu não trilharia e buscaria outras formas, por não estar alinhado com as pautas de Geraldo Júlio e Paulo Câmara. Isso resultou no meu processo de expulsão do Solidariedade. Após isso, busquei o diálogo com o grupo de oposição”. Faço questão de ressaltar a forma transparente e sincera que Augusto tratou todo esse difícil processo de afastamento do SD. 

O Coronel explicou que conversou com todas as lideranças políticas de oposição do estado, a exemplo de Mendonça, Gustavo e Priscila Krause, Roberto Magalhães, Joaquim Francisco, Armando Monteiro, Fernando Bezerra Coelho, Daniel Coelho e Mendonça Filho, entre outros. Após as conversas, foi definida a sua entrada no PSC, como também a candidatura para a Prefeitura do Recife. “Existiu um longo e difícil processo para que houvesse de fato o registro da nossa candidatura, pois havia um sentimento de união da oposição em torno de um nome. E aí se apresentavam de um lado Daniel Coelho e do outro Mendonça. E poderia aparecer um tercios desse processo, que era André Ferreira. E eu disse que se fosse um desses nomes, nós seguiríamos o caminho dessa união. Mas essa união não aconteceu por erros de articulação. E eu me posicionei, solicitei que o PSC me desse a legenda”. 

Sem utilizar o fundo eleitoral, diferente dos outros candidatos do pleito, Feitosa afirmou que sua campanha foi diferente pela não utilização de recurso público. Ele pontuou que toda a sua caminhada foi alinhada com as pautas defendidas pelo Governo Federal, além da filiação em massa de bolsonaristas ao PSC e a escolha da vice, que tinha o nome da esposa de Gilson Machado cotada para o cargo, mas que declinou. “Tivemos todos os nossos materiais com a foto do presidente Bolsonaro e o levamos para o nosso guia, defendendo suas ações e pautas”.

Durante a live, o parlamentar fez críticas à divulgação de pesquisas durante o processo eleitoral. “Nos primeiros dias de campanha se discute o Recife, a falta de muros de arrimo, palafitas, saneamento básico, a violência, a saúde. Depois que se divulga a primeira pesquisa, nada disso mais vale, o que se discute é uma questão estatística. A eleição vira uma corrida de cavalo. Os candidatos são pautados de acordo com o seu desenvolvimento na pesquisa. Se tornou uma instrução normativa de como se votar e isso é um erro” afirmou.

Segundo o Coronel, após a divulgação das pesquisas, o presidente anunciou o apoio a Delegada Patrícia, o que desarrumou toda a eleição no Recife. Ele ainda conta que contactado por muitos nomes do estado de Pernambuco e de Brasília para que tomasse a mesma decisão que o deputado estadual Marco Aurélio, de mão abrir da postulação para apoiar a delegada. “Disse a estas pessoas que esse movimento do presidente prejudicaria os grupos bolsonaristas e todos aqueles que defendem as suas pautas. Minha campanha tinha 5% em pesquisas internas, candidatos a vereadores que defendiam o presidente não tiveram êxito. Colocou no colo do presidente toda a rejeição de Patrícia e levou a Marília ao segundo turno, pois ⅓ dos votos de Patrícia eram de antibolsonaristas, de mulheres e centro-esquerda. Mas nós não desistimos e fizemos uma campanha limpa, defendendo os interesses dos recifenses, mantendo a coerência e sem o apoio de nenhum cartola da política”. 

Ao final da transmissão ao vivo, após ser questionado por muitos seguidores, o Coronel Feitosa anunciou que votará em branco, como ato de protesto, no segundo turno das eleições para prefeito do Recife.

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