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Em 05 de Junho de 2020 às 17:12
Mendonça: informação da Anvisa confirma denúncia de respiradores testados em porcos

O ex-ministro Mendonça Filho afirmou que a nota técnica enviada pela Agência de Nacional de Vigilância Sanitária para a Polícia Federal, informando que os 500 respiradores pulmonares comprados pela Prefeitura do Recife não podem ser utilizados em humanos e não tem autorização para ser vendido no País comprovam a gravidade das denúncias feitas por ele ao Ministério Público Federal e a Controladoria Geral da União. “A nota técnica enviada pela Anvisa para a Polícia Federal mostra total descaso da gestão Geraldo Júlio com a saúde das pessoas. Comprar equipamento só testado em porcos e proibido de comercializar para humanos é inaceitável. Um crime contra a vida”, criticou. 


Segundo Mendonça, a gestão da pandemia pelo Governo do Estado e pela Prefeitura é desastrosa e coloca em risco a vida das pessoas. “Já são mais de 90 dias de crise na saúde, que continua com leitos fechados nos hospitais de campanha por falta de equipamentos como respiradores”, afirmou, ressaltando que a Prefeitura do Recife continua atrapalhada na compra de outros respiradores. Mendonça considera que o distrato do contrato e a devolução relâmpago do dinheiro, para se livrar das investigações, não anulam os atos irregularidades, nem a falta de compromisso com as pessoas que aguardam leito de UTI ou que deixaram de ser salvas por falta de assistência à saúde. 


Mendonça Filho denunciou o contrato com a Juvanete Barreto Freire aos órgãos de controle e fiscalização, por causa do perfil da empresa - capital social de R$ 50 mil, criada há sete meses e o comércio de produto veterinário como atividade principal - e o gritante desencontro de informações nos sites da Prefeitura do Recife, como valores diferentes, contratos com páginas faltando. Desde que a denúncia veio à tona, o caso teve vários capítulos como a de que os respiradores não tinham aval da Anvisa, não foram testados em humanos e estavam em fase experimental em porcos. 


A Prefeitura anunciou o cancelamento da compra dos respiradores em tempo recorde. Em menos de 24 horas fizeram o destrato e a devolveram 35 ventiladores pulmonares ao representante da empresa no Recife. O caso está sendo investigado pela Polícia Federal na Operação Apneia.

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