Após os professores que trabalham em regime de acumulação no Recife serem pegos de surpresa com o anúncio do corte de 50% dos salários, o ex-ministro da Educação, Mendonça Filho rebateu a atitude da Prefeitura do Recife. "O certo era o prefeito cortar os cargos comissionados, rever os contratos de publicidade, eliminar gastos com veículos alugados e mordomias, e não jogar na conta da educação e dos professores o ajuste".
Segundo o ofício encaminhado pela Secretaria de Educação nessa quinta-feira, "serão, temporariamente, cessados, a contar de 01/04, as acumulações, anteriormente concedidas aos profissionais efetivos", além disso, a decisão afeta também os profissionais administrativos da Educação. "Também serão suspensos os pagamentos de horas extras dos servidores administrativos", assina o secretário municipal de Educação.
Para Mendonça, o corte que atinge os professores é reflexo da falta de prioridade dada pela gestão do PSB a Educação. "Os professores é que vão sofrer pelo desajuste da Prefeitura, isso é absurdo. A educação é vital, inclusive nesse momento, ele deveria mobilizar o segmento para ajudar a população e não penalizar a categoria. A educação do Recife não é a prioridade dessa gestão. Não teve o desenvolvimento devido. Milhares de mães cobram o funcionamento de creches". Completou.
A medida, que chocou a cidade assim como a tentativa de antecipar o IPTU 2021 foi motivo de denúncia por parte do Sindicato da categoria que alega que esse corte representa 50% do salário dos professores.